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Maria Helena da Costa e Silva

(74 anos, faleceu em 14/02/16)

Nascida no de interior de São Paulo, foi criada no campo até a idade escolar. Filha única de jovens pais agricultores e pecuaristas na próspera alta paulista da década de 40, Maria Helena da Costa e Silva nasceu em Vera Cruz, próxima a Marília, no interior de São Paulo, aos 16 de junho de 1941, na propriedade da família, a Fazenda Santa Helena, pelas mãos de parteira local.

Quando chegou à idade escolar, seus pais, Benedito da Costa e Silva e Ana de Oliveira e Silva, decidiram pelo que consideravam a melhor educação local possível e matricularam Maria Helena no Internato para moças Instituto de Educação Sagrado Coração de Jesus, renomada escola para formação de professoras, no município vizinho de Marília, de onde saiu aos 18 anos formada professora e apta a lecionar.

Após a formatura, Maria Helena começou a dar aulas nas escolas rurais de Vera Cruz, próximas à fazenda de seus pais e até seu casamento em 1964. Lecionou nas Escolas Estaduais de 1º Grau “Castro Alves”, “Dr. Clemente Ferreira”, e nas Escolas Mistas do Bairro Palmital, da Fazenda Santana e da Fazenda São Francisco, todas no município de Vera Cruz, de 1961 a 1964.

Após seu casamento mudou-se para Salvador, Bahia, para onde seu marido, gerente de banco, havia sido transferido. Do seu casamento até o nascimento de seu segundo filho em 1969, Maria Helena interrompeu sua carreira na educação para dedicar-se à educação dos seus dois filhos Adriana Gizela da Costa e Silva e André Luiz Costa da Silva.

Depois da Bahia, Maria Helena morou em várias cidades, sempre acompanhando as transferências de agências bancárias de seu marido. Quando fixou residência em São Caetano do Sul e já com os filhos mais crescidos, Maria Helena retomou sua carreira e reingressou na escola estadual do Sesi, no município vizinho de Santo André, em 1970. No ano seguinte, ingressou na Escola Estadual de 1° Grau “Prof. Décio Machado Gaia”, em São Caetano do Sul, até 1979. De 1980 a 1982, Maria Helena lecionou na Escola
Estadual de 1° Grau “Prof. João Boemer Jardim”, no município de São Paulo.

Sempre muito dedicada a ampliar seus conhecimentos e capacidades de ação, Maria Helena fez cursos, participou de seminários, fóruns, cursos de aperfeiçoamento e especializações, além de incontáveis eventos de discussões sobre os rumos da educação no Brasil.

Depois da morte de seu pai e da separação de seu marido, ambas as ocorrências no mês de maio de 1981, Maria Helena se viu responsável pelos seus dois filhos, na época com 15 e 11 anos, e sua mãe já com idade e foi então que tomou uma decisão que mudaria o rumo de sua vida dali pra frente. Decidiu indicar remoção da escola da capital para o interior. Foi quando a sorte uniu-se à iniciativa. Entre todas as cidades indicadas por ela, estava Indaiatuba que havia conhecido graças aos amigos irmãos, o casal Landmann, Janet e Jimmy, recém moradores do município. Estava selada sua sorte. Mudou-se para Indaiatuba em 1982, Cidade a qual sempre teve orgulho de morar e ver crescer bem estruturada e bem cuidada. Gostava de levar suas visitas, familiares e amigos, para conhecer a cidade, sua beleza, progresso e cuidados com a natureza. Em nossa cidade foi professora e Diretora na Escola Estadual S. Nicolau de Flüe, em Helvetia, de 1982 a 1987.

De 1988 a 1991 foi Diretora da Escola Estadual Doardo Borsari, no Bairro Videira, quando transferiu-se para a Escola Estadual Hélio Cerqueira Leite, onde ficou como Vice-Diretora e Diretora, alternadamente, até 1988, quando aposentou-se.

Em 1988 ingressou na Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Educação, onde exerceu os cargos, em Comissão de Diretora da EMEB Elizabeth de Lourdes Cardeal Sigrist e de Supervisora Educacional até seu falecimento, em 2016.

Em Indaiatuba, viveu os melhores anos de sua vida. Viu os filhos crescerem, se formarem e baterem asas. Cuidou até o último minuto de vida de sua mãe. Superou-se profissionalmente. E ampliou seus horizontes. Cursou a Faculdade de Educação, Ciências e Artes Dom Bosco, de Monte Aprazível, onde foi habilitada em Administração Escolar de I e II Graus, concluído em 1983. Depois disso fez outra faculdade, de Direito, em Itu, concluída no ano de 1991 chegando a advogar durante alguns anos, concomitantemente com sua carreira na educação.

Foi uma das primeiras mulheres a ingressar no Rotary Club de Indaiatuba em 2005, onde pode exercer suas qualidades de educadora com olhar voltado para o bem estar da comunidade e participar mais ativamente de ações de benfeitoria. Ela integrou a Comissão de Serviços à Comunidade em 2006 e 2007, e da Comissão de Projetos de Prestação de Serviços em 2008 e 2009. Recebeu o Título “Companheira Paul Harris” em julho de 2006.

Maria Helena era conhecida por sua ética, inteligência, alegria, competência, profissionalismo. Mulher de postura ímpar, sabia o que queria da vida, do futuro, da Educação, do Rotary, de Indaiatuba, do Brasil, dos amigos. Mulher fantástica, um grande ser humano. Nunca deixou de sonhar e acreditar. Seu último sonho ainda está em andamento. A criação de uma pré-escola especial, diferente/ multidisciplinar, integradora, agregadora e livre. A Escola Cavalcante, GO, município onde seus filhos residem, foi estruturada e criada sobre os preceitos maiores de uma educação moderna direcionada pelas mãos de Maria Helena. Ela foi mentora, inspiradora e personagem fundamental na construção de uma nova realidade educacional naquela cidade. E esse é só o começo.

Pessoas como Maria Helena não morrem. Deixam saudade e legados. Legados que havemos de continuar. No período que viveu em Indaiatuba, nos deu o prazer de convívio, demonstrando toda a sua grandeza de caráter, e de grande prazer na vida.

E para homenagear esta mulher guerreira e feliz, deixamos aqui uma reflexão: o que é a vida? O que é morte?

Maria Helena com certeza ficaria com a reposta das crianças, assim como o compositor Gonzaguinha:

Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será

Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita

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