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Texto Escrito por Amador (filho da Chiquita)
Francisca Nadir Ferreira, irmã caçula de nove irmãos, vinha ao mundo em 17 de agosto de 1937 nesta cidade de Indaiatuba. Filha de Eduardo Miguel Ferreira, um jovem imigrante Sírio Libanês e Ana Claudina Costa Ferreira, uma cabocla de raiz indaiatubana. Em sua adolescência “Chiquita” (como gostava de ser chamada), estudou na escola Randolfo Moreira Fernandes, gostava muito da cidade, quermesse, festas, bailes, passeios nas praças com amigas, estas que mantiveram amizade a vida inteira. Participava de todas as tradicionais corridas de bicicletas de 1° de maio em nossa cidade. Quando fez 18 anos logo quis tirar carta de habilitação, sendo a 2ª mulher a fazê-lo.
Próximo passo: Fazer uma faculdade para ter uma profissão e sua independência, o que concretizou-se formando num curso de geografia, no ano de 1962 na Universidade Católica de Campinas – PUC.
Jovem formada, não foi difícil conseguir trabalho em sua área, porém não era perto de seu lar, lecionou por muito tempo em Cubatão, São Paulo, Capivari, Salto, Itu, mas sempre que tinha tempo vinha ver nos finais de semana seus pais.
Em suas férias, adorava pegar seu carro Rural Willys descer para a praia em Santos, onde sua irmã Geny tinha apartamento.
No ano de 1967, em um baile na cidade de Laranjal Paulista conheceu José, um jovem viúvo por quem se apaixonou. Não demorou muito e no dia 05/01/1969 estava se casando na capela do noviciado São José, hoje conhecido clínica Telhadão, se tornando a senhora Francisca Nadir Ferreira Menk.
Já dando aulas na cidade na escola Dom José de Camargo Barros, vinha a ser mãe em 1970 de Amador Ferreira Menk Neto e 03 anos mais tarde de José Eduardo Ferreira Menk. A vida não era fácil mais lecionando em dois turnos (manhã/ tarde ou tarde/noite) o salário de professor era justo e dava para ajudar bem em casa.
Em 1985 seu esposo veio a falecer. Viúva, mas com dois filhos jovens para criar continuou ainda mais forte na sua jornada de trabalho.
No ano de 1991 veio a tão desejada aposentadoria, mas Chiquita não parou de lecionar, somente lecionou o que queria, pois, ser professora na escola de comercio Candelária e também guia de turismo.
Viajou o Brasil inteiro, boa parte da Europa e realizou o sonho de conhecer a Terra Santa.
Para manter sua vida atividade na terceira idade, foi fazer parte do Pró memoria da Cidade, onde participava com orgulho.
Como católica ensinou seus filhos o valor da família e comunidade, frequentava a paroquia de Santa Rita de Cassia regularmente.
Adorava a Homelia do Padre Chico, pois todo ano tinha algo novo, uma palavra nova, para acrescentar em nossas vidas.
Reunia a família todos os domingos onde servia um delicioso almoço. Uma das grandes alegrias dela era reunir todos os anos a família e amigos para sua festa de aniversário. Chiquita era muito querida e conhecida por vários alunos de várias gerações, onde quer que estava sempre era reconhecida e elogiada com a frase “a senhora foi, minha professora”.
Mas como Deus tem um plano para todos nós a dona Chiquita no dia 25/11/2016 nos deixou, e foi tranquila morar ao lado do senhor, pois exerceu seu papel nesta vida de filha, esposa, mãe, tia, sogra e avó sempre amiga e conselheira, profissional, religiosa e prestativa com muita satisfação e amor.