Roda de Tradições promove vivência afro-brasileira na EMEB “Prof. João Marinho Filho”

No último dia 22 de maio, os alunos dos 5º anos do período da manhã vivenciaram um momento de celebração, conhecimento e ancestralidade com a realização da oficina “Roda de Tradições”, como parte da; Educação para as Relações Étnico-Raciais;. A atividade, que aconteceu ao longo de um único dia, contou com a participação do Grupo de Jongo Filhos da Semente, liderado por Jociara Rodrigues, juntamente com a Oyinã Produtora Cultural, e da ilustre convidada Veronica Mucuna, artista e pesquisadora cultural vinda diretamente de Salvador (BA).

Voltada para alunos e educadores, a oficina proporcionou uma imersão prática e sensorial na cultura afro-brasileira, com destaque para ritmos tradicionais, contação de histórias, brincadeiras, danças e outras expressões artísticas. A proposta da ação é fortalecer a valorização das raízes africanas que compõem a identidade brasileira.

O projeto Roda de Tradições é conduzido por mulheres negras e busca, por meio da arte e da oralidade, transmitir saberes ancestrais que seguem vivos nas manifestações culturais populares. “A escuta atenta, o corpo em movimento e a troca entre gerações foram os pilares desta vivência. As crianças mergulharam em um universo onde cada canto carrega uma história e cada gesto reafirma a força da tradição”, destacou a equipe organizadora.

A atividade está inserida no contexto do Projeto de Educação Antirracista, desenvolvido pela escola ao longo do ano letivo, com o objetivo de promover o respeito à diversidade, o combate ao racismo e a construção de uma consciência crítica entre os estudantes.

A iniciativa também está alinhada à Lei Federal nº 10.639/2003, que determina a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana em todas as instituições de ensino do país. A legislação reforça a importância de práticas pedagógicas que reconheçam a contribuição dos povos africanos e seus descendentes na formação da sociedade brasileira.

A escola reafirma, com este trabalho, seu compromisso com uma educação inclusiva, antirracista e plural — onde as tradições são vividas, respeitadas e celebradas dentro e fora da sala de aula.

Por Ayeda Ricardo