3ª Semana da Consciência Negra promove reflexão, cultura e protagonismo estudantil na EMEB “Prof.ª Sylvia Teixeira de Camargo Sannazzaro”

A EMEB “Prof.ª Sylvia Teixeira de Camargo Sannazzaro” realizou, com grande participação da comunidade escolar, a 3ª Semana da Consciência Negra, uma iniciativa construída coletivamente pela equipe escolar para garantir a efetiva aplicação das Leis Federais nº 10.639/2003, 11.645/2008 e da Lei Municipal nº 6.862/2018, que instituem e orientam o ensino da História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena. O objetivo central da semana foi valorizar a cultura africana e afro-brasileira, promover o debate, estimular a reflexão e resgatar a contribuição histórica do povo negro nas dimensões social, econômica, cultural e política do Brasil.

Atividades que marcaram a semana

A programação foi extensa e diversa, envolvendo diferentes linguagens, áreas do conhecimento e faixas etárias. Entre as ações realizadas, destacaram-se:

– Uma viagem para Moçambique — Protagonismo estudantil

Os 5ºs anos A, B e C participaram de uma aula invertida ministrada pelo aluno Francisco Formenton Moreira, do 5º ano C, sob orientação da professora Joyce Angarten. O estudante compartilhou vivências e aprendizados por meio de fontes históricas, como fotografias, tecidos e relatos familiares, a partir da experiência de seus pais, que viveram em Moçambique entre 2012 e 2013. A atividade proporcionou um olhar sensível sobre cultura, identidade e história, reforçando o protagonismo infantil como ferramenta pedagógica.

– Oficina de Arqueologia

A oficina possibilitou aos educandos a compreensão de elementos da história humana e das sociedades africanas por meio de práticas investigativas. A atividade ampliou repertórios e despertou a curiosidade científica. Os educandos dos 5ºs anos B e C, orientados pelas professoras Débora Rufini e Joyce Angarten, realizaram uma apresentação abordando a evolução e migração humana, destacando o continente africano como o verdadeiro berço da humanidade. A atividade reforçou conceitos científicos e ampliou perspectivas sobre história e ancestralidade. A oficina foi realizada por todos os educandos da escola.

– Brincadeiras africanas – Movimento, ancestralidade e cooperação

As professoras de Educação Física, Ana Bicudo e Lucilene de Melo, desenvolveram com os estudantes diversas brincadeiras tradicionais de países do continente africano, como Pegue a Cauda, Terra-Mar, Mamba e My God. Os jogos trabalharam lateralidade, coordenação motora, cooperação e trabalho em equipe, sempre permeados pela ludicidade e pela ancestralidade africana.

– Personalidade e representatividade

Os 5ºs anos A, B e C participaram de uma palestra com o médico ortopedista Dr. Raphael Serra Cruz, que trouxe reflexões importantes sobre representatividade negra e racismo estrutural, reforçando a importância de modelos inspiradores na construção da identidade das crianças.

– A resistência negra através do esporte

O professor e educador físico Fábio Silva ministrou um aulão para os 5ºs anos, contextualizando períodos em que esportes como a capoeira foram criminalizados no Brasil, bem como movimentos de resistência presentes no esporte ao longo da história. Os estudantes refletiram sobre a importância da representatividade, das oportunidades e do papel do esporte como ferramenta de luta e transformação social.

– Oficina de Grafismo Africano

Sob orientação das professoras Débora Rufini e Joyce Angarten, os estudantes dos 5ºs anos B e C ofereceram uma oficina de grafismo africano, para todos os educandos da escola. Organizados em estações por rotação, os participantes vivenciaram:

• Aprendizagem sobre a simbologia e a matemática presente nos grafismos;
• Pinturas faciais;
• Um tour virtual pelo Antigo Egito;
• Confecção de pulseiras com grafismos.

– Roda de Capoeira

Orientados pelos professores Fábio Silva e Antônio Leitão, os estudantes realizaram uma roda de capoeira aberta à comunidade escolar, celebrando tradição, movimento e resistência.

– Apresentação de Maculelê

Com orientação da professora coordenadora Daiana Bonfim, os educandos das Etapas II encantaram o público com uma apresentação de maculelê, marcando o encerramento da semana com força, ritmo e ancestralidade.

– Um compromisso com a educação antirracista

A 3ª Semana da Consciência Negra consolidou-se como um momento potente de aprendizagem, troca e sensibilidade. O protagonismo estudantil esteve presente em todas as atividades, fortalecendo a construção de conhecimento significativo e colaborativo. A EMEB “Prof.ª Sylvia Teixeira de Camargo Sannazzaro” parabeniza e agradece a todos os envolvidos pela dedicação, parceria e compromisso com uma educação plural, diversa e antirracista — uma educação que valoriza histórias, reconhece identidades e promove igualdade.